terça-feira, 28 de dezembro de 2010

SÃO BENEDITO

Procissão de São Benedito, no município de Serra.
Este é um evento anual, que marca a ocupação das ruas da cidade pelos movimentos de origem africana e indigena.

Sentimos muito a falta de alguns componentes e da maioria das casas de Orixá e Umbanda da Grande Vitória. Mas o que importa aconteceu: ocupamos nosso espaço nesta linda procissão que acontece no dia de meu aniversário. Sim, deixo minhas comemorações de lado, ou melhor, faço deste evento tão lindo e sério parte de minhas comemorações todo ano que posso. Acredito que demarcar nosso espaço desta maneira é muito mais belo e digno que qualquer outro tipo de manifestação. Além disso promove a união entre as casas e pessoas com pensamentos afins.


Precisamos divulgar e incrementar mais ainda estas ações para que não se perca o principal motivo de termos uma religião: a união e o amor entre irmãos. Falo isso pois é com este pequeno gesto que venho formando laços de amizade e respeito que jamais faria em outro tipo de ambiente.

Saída da procissão

participação de vários grupos






esta é uma ação promovida pelo Fórum das Entidades Afro


na frente vem os defumadores abrindo caminho para São Benedito, os estandartes dos grupos envolvidos no evento e depois todos os participantes, sempre cantando musicas de Axé, promovendo a Paz e a União entre os povos.


Axé pra Rogério de Iansã, que sempre está a frente e comanda esta bela iniciativa. Que Olorum lhe cubra sempre com muita força e luz pra que nunca se perca esta bela ação!!!


bjus a todos!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ULTIMA HOMENAGEM AO TATA PERCIO !


ULTIMA HOMENAGEM AO TATA PERCIO !



Grande homem e Pai de Santo.
Exemplo de comportamento em uma despedida de um Babalorixá, seus filhos e amigos, de branco, cantando e louvando seu Orixá!

Nunca o conheci pessoalmente, mas quando conheci o Candomblé, a casa que eu freqüentava na época, era filha dele, e minha primeira Ajibonã foi ensinada pessoalmente por ele, em sua casa em São Bernardo.
É graças a ela que aprendi a rezar e me comportar dentro de uma casa, meus primeiros ensinamentos de cantigas de folha vieram dela, pois era de Ossãe.

A saudade dela, que Olorum a tenha em boas energias, é enorme até os dias de hoje, podem se confundir com a perda que todos os adeptos de Candomblé sentem agora com a perda de parte de nossa memória religiosa.


Axé a todos nós!
Que Olorum receba Pai Pérsio em seu retorno.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

sem crer

Hoje me sinto abandonado por tudo!!!


me perdi em alguns pontos da vida onde não deveria ter me perdido, mudei de encruzilhada e isso afetou todo o resto!

sábado, 11 de dezembro de 2010

OS POEMAS MÍTICOS:



Quando ouvimos de um sacerdote uma história onde temos uma mulher guerreira que luta por sua liberdade, busca sua felicidade e saciar seus desejos, incluindo aí os de cunho sexuais, vamos ter em mente uma figura feminina sensual e forte, mesmo quando no fundo sabemos que seu culto se refere ao rio de mesmo nome na África e que este é o Orixá dos raios e das tempestades. Quando falamos de Oyá ou Iansã estamos falando de um culto a uma força da natureza que rege tempestades, ventos e raios. Que tem em sua origem um rio de mesmo nome onde originalmente eram feitos seus rituais, e que por adaptação aqui no Brasil é feito em qualquer rio ou em casos específicos em lugares altos e com muito vento. O que o relato trás como característica principal é devido a associação destas características das forças da natureza envolvidas no culto com características semelhantes que podem ser observadas em mulheres de personalidade forte e sensuais: voluptuosas, guerreiras e destemidas. Esta talvez seja a principal fonte de formação de uma imagem para aquilo que não possui modo de apresentação. 

Uma outra questão que reforça esta formação de imagens vem da associação destes relatos com a prática da dança. No caso citado acima, a dança de Oyá é rápida, de movimentos que lembram o uso de espada numa luta ou que fazem algum tipo de insinuação para o cortejo amoroso. Seus movimentos são lânguidos, porém seguros e nada comedidos, próprios de uma mulher sensual que sabe muito bem o que quer. 

Portanto suas cores também vão respeitar estas características descritas nos mitos e vão também acolher as cores de seus elementos: o cobre, o fogo, o azeite de dendê e tudo aquilo que tenha proximidade cromática com estes elementos. Estas características vão reforçar a formação de uma personalidade e o entendimento necessário à formação de uma imagem antropomorfa para estes Orixás. Mas aqui faço a pergunta: como evitar tal fato se nos próprios poemas temos uma descrição que não remete a estas forças da natureza do culto e sim tratam de seres muito próximos aos homens e mulheres, com toda sorte de sentimentos?

Psicologicamente falando, imaginar é inerente ao ser humano. Dar figura a um relato então é algo que se processa muito mais facilmente a partir do momento que este se mostra como forma de figurar o não-figurável. Artifício usado para que se possa processar de forma facilitada o que se mostra de difícil assimilação para o cérebro. Em seu artigo Análise Formal do Panteão Nagô, Lepine dimensiona em sua pesquisa todos estes fatores e os associa diretamente a estas características definidoras de uma personalidade das divindades cultuadas nas casas de Candomblé da Bahia. Ela, no entanto vai mais além quando coloca toda uma sorte de elementos pra reforçar estas características, indo desde aos animais sacrificados até os interditos de cada um deles. Neste artigo ela coloca classificações primárias, secundárias e ternárias, fazendo todo um acervo de encaixes de atributos numa definição destas características.

Neste sentido imaginar nossos Orixás é, não só natural, mas extremamente necessário para a compreensão e assimilação de valores, interditos, conceitos abstratos e formação de um agir e de um fazer próprio do iniciado, marcando-se assim sua inserção na sociedade após sua passagem pelos ritos de iniciação da religião.







Bejus e bença!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Tem horas que é assim que me sinto: a deriva!


perdido entre ondas que não sei se vou superar,
sentindo o abandono que só o mar tem.


Que Yemanjá possa me conduzir sempre!


Odôiyá!!!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

ORIKI


ORÍKÌ TI ÈSÚ


IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O

ÈSÚ LÁARÓYÈ, ÈSÚ LÁARÓYÈ

IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
ÈSÚ LÁÀLÚ OGIRI ÒKÒ EBÌTÀ OKÙNRIN

IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O

ÈSÚ ÒTA ÒRÌSÀ

IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O

OSÉTÙRÁ L’ORUKO BÀBÁ MÓ Ó

ALÁGOGO ÌJÀ L’ORUKO ÌYÁ NPÈ O

IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
ÈSÚ ÒDÀRÀ, OMOKÙNRIN ÌDÓLÓFIN
LÉ SÓNSÓ SÓRÍ ORÍ ESÈ ELÉSÈ
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
KÒ JÉ, KÒ JÉ KÍ ENI NJE GBE E MÌ
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
A KÌÌ LÓWÓ LÁÌ MU TI ÈSÚ KÚRÒ
A KÌÌ LÁYÒ LÁÌ MU TI ÈSÚ KÚRÒ
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
ASÒNTÚN SE ÒSÌ LÁÌ NÍ ÍTIJÚ
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
ÈSÚ ÀPÁTA SOMO OLÓMO LÉNU
FI OKÚTA DÍPÒ IYÓ
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
LÓÒGEMO ÒRUN A NLA KÁLÙ
PÀÁPA-WÀRÁ, A TÚKÁ MÁSE SÀ
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O
ÈSÚ MÁSE MI, OMO ELÒMÍRAN NI O SE
ÈSÚ MÁSE, ÈSÚ MÁSE, ÈSÚ MÁSE
IYÌN O, IYÌN O ÈSÚ N MÁ GBÒ O


Tradução:


Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú láaróyè, Èsú láaróyè
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú Láàlú Ogiri Òkò Ebìtà Okùnrin
Èsú escute o meu louvor à ti

Èsú inimigo de Orixá

Èsú escute o meu louvor à ti
Oxeturá é o nome pelo qual é chamado por seu pai

Alágogo Ìjà, é o nome pelo qual sua mãe o chama

Èsú escute o meu louvor à ti

Èsú bondoso, filho homem da cidade de Ìdólófìn

Aquele que tem a cabeça pontiaguda fica no pé das pessoas

Èsú escute o meu louvor à ti

Não come e não permite que ninguém coma ou engula o alimento

Èsú escute o meu louvor à ti

Quem tem riqueza reserva para Èsú a sua parte

Quem tem felicidade reserva para Èsú a sua parte

Èsú escute o meu louvor à ti

Fica dos dois lados sem constrangimento

Èsú escute o meu louvor à ti

Èsú, montanha de pedras que faz o filho falar coisas que não deseja

Usa pedra em vez de sal

Èsú escute o meu louvor à ti

Indulgente filho do céu cuja grandeza está em toda a cidade

Èsú escute o meu louvor à ti

Èsú não me faça mal, manipule o filho do outro

Èsú não faça mal, Èsú não faça mal, Èsú não faça mal

Èsú escute o meu louvor à ti


Extraido de monografia:"Exú, a pedra primordial"

Exú




EXU: a simbologia 

Ao tratarmos da simbologia de Exú, temos que nos remeter a várias histórias que encontramos nos odus ou signos de interpretação das caídas dos búzios no jogo de Ifá. Estes odus nos trazem várias informações a respeito de todos os Orixás e, quando associados os 16 odus principais, transformam-se em 256 odus, cada um contendo um itan, ou lenda; o conhecimento destas 256 histórias está em poucas mãos e, muitas vezes, estão tão mudadas que sua interpretação é bastante complicada, portanto me limito aos textos encontrados em livros que, quando não vem acompanhado de uma interpretação antropológica, pelo menos permitem uma interpretação pessoal, onde busco, de maneira lógica, extrair do texto uma simbologia que traduza a mensagem. 

O primeiro texto ao qual me remeto está em SANTOS (1986) e diz: 

Exú Yangí, o Exú ancestre ou Exú-Agbá, o Exú pé do Okotô, Rei de todos seus decendentes. Exú Obá, é o Pai-ancestre mas ao mesmo tempo, o primeiro nascido. Esse significado de Exú está expresso no seu apelativo Igbá-Kéta, a terceira pessoa, o terceiro elemento (textualmente, a terceira cabaça). Seu caráter de descendente está expresso em muitos mitos; particularmente esclarecedora é a história Atórun d'órun Exú, do Odú Ogbé hunle, sobre o nascimento e a propagação de Exú no Aiyé e nos nove espaços do Orun. Esse signo apareceu para Orumilá quando Ele foi consultar os Babalawô, no dia em que Ele foi requerer uma criança a Orixá Igbô-wugi (Orixalá). 

A história conta que nas remotas origens, Olodumaré e Orixanlá estavam começando a criar o ser humano. Assim criaram Exú, que ficou mais forte, mais difícil que seus criadores: (...). Olodumaré enviou Exú para viver com Orixalá; este colocou-o à entrada de sua morada e o enviava como seu representante para efetuar todos os trabalhos necessários. Foi então que Orumilá, desejoso de ter um filho, foi pedir um a Orixalá. Este lhe diz que ainda não tinha acabado o trabalho de criar seres e que deveria voltar um mês mais tarde. Orumilá insistiu, impacientou-se querendo a qualquer preço levar um filho consigo. Orixalá repetiu que ainda não tinha nenhum. Então perguntou: "Que é daquele que vi à entrada de sua casa?” É aquele mesmo que Ele quer. Orixalá lhe explicou que aquele não era precisamente alguém que pudesse ser criado e mimado no Aiyé. Mas Orumilá insistiu tanto que Oxalá acabou por aquiescer. Orumilá deveria colocar suas mãos em Exú e, de volta ao Aiyé, manter relações com sua mulher Yebiirú, que conceberia um filho. Doze meses mais tarde, ela deu à luz um filho homem e, porque Oxalá dissera que a criança seria Alagbará, Senhor do Poder, Orumilá decidiu chamá-la Elegbará. Assim, desde que Orumilá pronunciou seu nome, a criança, Exú mesmo, Respondeu e disse: 

Mãe, mãe 

Eu quero comer preás. 

A mãe respondeu: 

Filho, come, come Filho, come, come 

Um filho é como contas de coral vermelho Um filho é como cobre, Um filho é como alegria inextinguível. Uma honra apresentável que nos representará depois da morte. 

Então Orumilá trouxe todas as preás que pode encontrar. Exú acabou com elas. No dia seguinte, a cena se reproduziu com Exú pedindo e devorando todos os peixes frescos, defumados, secos etc. que existiam na cidade. No terceiro dia, Exú quis comer aves. Gritou e comeu até acabar com todas as espécies de aves. E sua mãe cantava todos os dias os versos acima e ainda acrescentava: 

Visto que consegui ter um filho, 

O que acorda e usa duzentas vestimentas diferentes, 

Filho, continue a comer. 

No quarto dia, Exú disse que queria comer carne. Sua mãe cantou como de hábito, e Orumilá troxe-lhe todos os animais quadrúpedes que pôde achar: cachorros, porcos, cabras, ovelhas, touros, cavalos etc., até que não ficou um só quadrúpede. 

Eu quero comê-la! 

A mãe repetiu sua canção: Filho, come, come, filho, come, come, e foi assim que Exú engoliu sua própria mãe. 

Orumilá, alarmado, correu a consultar os Babalawô, que lhe recomendaram fazer uma oferenda de uma espada, de um bode e de quatorze mil cauris. Orumilá fez a oferenda. 

No sexto dia depois do nascimento, Exú disse: 

Pai, pai 

Eu quero comê-lo! 

Orumilá cantou a canção da mãe de Exú e quando este se aproximou, Orumilá lançou-se em sua perseguição com a espada e Exú fugiu. Quando Orumilá o reapanhou, começou a seccionar pedaços de seu corpo, a espalhá-los, e cada pedaço transformou-se em um Yangí. 

Orumilá cortou e espalhou duzentos pedaços e eles se transformaram em duzentos Yangí. Quando Orumilá se deteve, o que restou de Exú ergueu-se e continuou fugindo. Orumilá só pode reapanhá-lo no segundo órun e lá Exú estava inteiro de novo. Orumilá voltou a cortar duzentos pedaços que se transformaram em duzentos Yangí. Isto se repetiu nos nove Orun que ficaram assim povoados de Yangí. No último Órun, depois de ter sido talhado, Exú decidiu pactuar com Orumilá: este não devia mais persegui-lo; todos os Yangí seriam seus representantes e Orumilá poderia consultá-los cada vez que fosse necessário enviá-los a executar os trabalhos que Ele lhes ordenasse fazer, como se fossem seus verdadeiros filhos. Exú assegurou-lhe que seria ele mesmo quem responderia por meio dos Yangí (pedaços de laterita) cada vez que o chamasse. Orumilá perguntou-lhe sobre sua mãe que havia sido devorada. Exú devolveu sua mãe a Orumilá e acrescentou: 

Orumilá deveria chamá-lo Se ele queria recuperar a todos e cada um dos animais e das aves que ele tinha comido sobre a terra; ele (Exú) os assistiria para reavê-los das mãos da humanidade. 

Orumilá e Yebiirú reinstalaram-se na cidade de Iworo, e a partir desse momento ela começou a dar à luz muitos filhos de ambos os sexos. A história continua com o translado para Ketu, a invocação de Exú para proteger da guerra, a vinda de Exú do Órum para os defender, a volta a Iworo, ensinando-lhes Exú como preparar e sagrar seu "assento", transferindo-lhe seu Agbará que executaria todos os "trabalhos" que lhe fossem solicitados e acaba por uma saudação, um oriki alusivo a suas características : 

Exú come cachorros, come porcos. Bará anda senhorilmente, balançando-se para a direita e para a esquerda. 

Todos os atacantes se afastam 

Quando ele vem chegando senhoril e sutilmente. 

Este é um texto bastante vasto e a autora se limitou a sintetizar a informação ressaltando os pontos importantes e dando ênfase às falas. Ao transcrevê-lo não coloquei os termos e frases escritas em Yorubá devido a uma dificuldade gráfica e a total ausência de necessidade de tais termos, me limitando a colocar suas traduções. Dito isto temos de esclarecer um fator importante, uma interpretação da tradução do número duzentos e o que "restou de Exú". Todo número inteiro acrescido de "um" (1), no dialeto Yorubá corresponde ao infinito ou a uma grande quantidade de coisas ou seres, portanto aqui temos Exú, não dividido em duzentos pedaços, mas sim em uma quantidade infinita de outros Yangí nos nove espaços do Orúm. Fixando-nos somente no número duzentos e o "um" restante, teremos o início, a continuidade em um outro espaço. O "um" é o princípio de tudo, apesar de ainda não manifestado, é dele que emana toda manifestação; é também símbolo da verticalidade, do falo ereto, do bastão vertical que Exú carrega: o Ogó; e o homem ativo, é o ser já criado, sem o sopro que lhe dá a vida e assim a manifestação, a dualidade. E, nesta história, o "um" ao ser dividido em duzentas partes se desenvolve e é dividido até o infinito, não esquecendo de repassar o um, a origem, ao espaço seguinte do Orúm para que seja repetida a operação, até que Exú chega a presença de Orumilá no nono e último espaço e faz o acordo que o colocará como "escravo" de todos os Orixás.










foto: Pierre Vreger

texto: extraido da monografia de graduação: "A Cerâmica e o Barro no Candomblé: O ORIXÁ EXU", de minha autoria.